“A Paz não é apenas um substantivo. Não é o oposto da guerra, nem tão somente uma metáfora de situação. Paz é uma escolha, um paradigma que regula as relações, uma forma de organização comunitária, um jeito de estar no mundo.
Não é um fim, mas um método para se construir com outros fins, muito mais harmonioso, justo, inclusivo e promotor do desenvolvimento pessoal e coletivo. A Paz sem ação é estagnação, é ausência”

ARTIGO II - ROBERTO CREMA

CUIDAR DA PAZ


Roberto Crema, Escritor e Reitor da Universidade Holística da Paz



Neste tempo-espaço de aceleração de processos transformacionais, locais e globais, a violência pode ser compreendida como um sintoma de uma humanidade enferma, em grande medida, num processo evidente de declínio, sob o peso de suas próprias contradições. Testemunhamos no século XX, perplexos e horrorizados, a duas guerras mundiais, com um intervalo de apenas 21 anos entre o término da primeira e o início da segunda. Entre outros cerca de três centenas de conflitos bélicos, tão dementes quanto, embora menores.

Como se não bastasse, iniciamos o novo milênio e o novo século, na leitura de
muitos pesquisadores de cenários, na fatídica data de 11 de setembro de 2001, com a gélida face do terror. Um evento, trágico e redefinidor, que entra na história da comunicação, como o que mais constelou a atenção do público mundial. E que se desdobra num imenso e ensangüentado campo de batalha, onde se busca eliminar a violência com uma violência maior. Desde então, as pessoas mais sensíveis e dotadas de um mínimo de escuta e de visão se perguntam: Onde nos perdemos? Como a educação fracassou? O que é uma pessoa educada? O que é um país realmente desenvolvido? De onde brota, enfim, tanta demência e violência?...

A violência pode ser considerada um sintoma, estridente e doloroso, de uma doença maior da humanidade: a ignorância existencial e o esquecimento do Ser. Nos últimos séculos, através do exercício de uma razão excludente e imperialista, hipertrofiamos a mente analítica, que divide e fragmenta, gerando todo tipo de fronteiras, onde transcorrem os conflitos e dilaceramentos. Já que diabolos é um termo grego que significa o que divide e dissocia, nossa crise tem uma característica diabólica. O seu oposto é o symbolos, o fator simbólico do sagrado, que religa e restaura a inteireza. Sofremos de uma anemia da inteligência simbólica, da consciência subjetiva e intersubjetiva, de uma atrofia da mente sintética e conectiva, da perda da consciência de comunhão.

Eis a constatação óbvia: nós agredimos alguém quando nos sentimos, dele, desconectados. Nós excluímos o outro por nos sentirmos, dele, separados. Seja num campo de futebol ou na arena internacional, a violência é uma função das fronteiras: quanto mais nos sentimos desvinculados, mais buscamos nos defender, o ataque passando a ser justificado pela ameaça do fator estranho, daquilo que julgamos não nos dizer nenhum respeito. Neste contexto, a consciência de participação e de comunhão adquire o valor de um preceito ético imprescindível.

A violência brota de um tipo de alienação normótica, que Pierre Weil (1) denomina
de fantasia da separatividade. O ego representa o diabolos por excelência, fator básico da separatividade pessoal, que se encontra na fonte mesma da violência a nível individual, social e ambiental. Portanto, o egocentrismo pode ser considerado a causa comum de todo tipo de violência. E, naturalmente, não será com a lógica do ego que resolveremos este dilema, por ela mesma criada. Assim, uma terapia para a paz solicita, inexoravelmente, o resgate da dimensão transpessoal, da consciência simbólica inerente a uma mística, que se traduz pela consciência não dual, geradora do amor e do serviço em movimento.

Transcender o ego não significa negá-lo, destruí-lo ou suprimi-lo Trata-se de
sujeitá-lo ao Self, abrindo-o para o oriente do Amor e do Ser. Como afirma a sabedoria hindu, o ego é o melhor empregado e o pior patrão!... A primeira tarefa, no processo da individuação, proposta por Jung (2), é desenvolver um bom ego, enraizado no solo da cidadania, curado de suas feridas, pacificado em seus conflitos, apaziguado em seus temores.

Só podemos transcender o que foi reconhecido, aceito, desenvolvido e integrado. Só superamos o que já foi conquistado. O diabólico necessita ser orientado pelo simbólico; o bisturi retalhador precisa ser conduzido pela visão totalizadora e norteadora, capaz de ver a gestalt, a totalidade. Como afirma o sábio axioma holístico, Pensar globalmente, agir localmente. Para deixar de agir loucamente, convenhamos. De outra forma, seguiremos tudo rasgando e dilacerando, cega e violentamente, a exemplo das aplicações irresponsáveis da tecnociência, que tão bem conhecemos e sofremos. O todo descansa na parte e a parte só tem um sentido pelo todo. O um da unidade e o dois da dualidade são transcendidos no três, da Aliança: unidade diferenciada ou diferenciação unificada. Esta boa parceria da análise e da síntese, do diabólico e do simbólico nos conduz a uma inteligência da Trindade, arejada pelas energias do Amor, este mistério que nos vincula, realçando a alteridade de nossos semblantes. Ninguém é uma ilha, ninguém é completo em si mesmo. Cada ser humano é um pedaço do continente, afirma o famoso poema de John Donne. Mais sábia e inclusivamente, observa Anne Lindbergh (3), que todos nós somos ilhas, unidas pelo mesmo oceano...

Necessitamos superar a polaridade pessoal versus transpessoal. Maslow (4) se
referiu a quatro forças em psicologia e terapia: as duas primeiras, que surgiram
praticamente ao mesmo tempo, são o behaviorismo, centrado no determinismo
reflexológico e a psicanálise, centrada no determinismo psíquico. A terceira força é o movimento humanístico, centrado no potencial humano de saúde, na sua tendência para o desenvolvimento e autoregulação. Para este autor, esta seria uma força de transição para uma quarta força, transumana, centrada no cosmo e nos ampliados estados de consciência: o movimento transpessoal. Compreendo que a quarta força foi um movimento compensatório, de resgate do fator transpessoal, após um século de uma psicologia exclusivamente a serviço do pessoal.

Representa, também, uma dinâmica de transição para uma quinta força, centrada na inteireza, que integra a dimensão pessoal à transpessoal, o diabólico ao simbólico, as raízes às asas, a análise à síntese: o movimento transdisciplinar holístico (5). A abertura para o supra-humano pressupõe um bom enraizamento no infra-humano, no coração do fenômeno humano. Esta ponte que liga a terra ao céu, porta-voz de todos os reinos da Totalidade, o sacerdote cósmico, vislumbrado por Chardin, que facilita que o próprio Universo se mire, se conheça, se integre, se rejubile.

Segundo André Chouraqui (6), a palavra hebraica para a paz, shalôm, é próxima de shalem, que significa inteiro. O que indica que a paz é uma emanação natural de uma inteireza lograda. A paz não é a ausência da guerra, mas a plenitude da existência humana, na fecundidade de todo o ser e na contemplação de IHVH, afirma Chouraqui.

A tarefa imprescindível é resgatar a inteireza e a grandeza da alma. Tudo vale a
pena, se a alma não é pequena, afirma o poeta Pessoa. Mahatma significa, em sânscrito, grande alma. Este foi o marcante testemunho do ícone de humanidade, que conhecemos como Mahatma Gandhi, que venceu o bom combate pela paz, utilizando apenas duas armas brancas: ahinsa e satyagraha, ou seja, não violência e veracidade. É importante destacar que, para Gandhi, existia dois tipos de violência: a ativa e a passiva. Sendo que a última, que se traduz pela inércia e conformismo, é a mais destrutiva. O que ele indicava quando afirmava preferir um violento ativo a um covarde!

Neste sentido, importa refletir sobre o que, com Leloup e Weil (7), denominamos de normose, a patologia da normalidade. Caracterizada pela adaptação a um sistema dominantemente desequilibrado, mórbido e pela estagnação evolutiva, um aspecto terrível da normose se traduz pela violência passiva: nada fazer, diante dos descaminhos da humanidade. Cruzar os braços, indolentemente, diante de escândalos absurdos como o da exclusão, injustiça, corrupção e destruição dos ecossistemas planetários. Neste contexto, a pessoa saudável é a desajustada, dotada da capacidade de se inquietar, de se indignar, de se desesperar sobriamente...

Uma terapia para a paz, portanto, solicita uma dimensão iniciática, como a proposta por Graf-Durckheim (8), que possibilite um abrir passagem para as trilhas interiores que, do ego, possam nos conduzir ao Self, do conhecido ao desconhecido, do finito ao Infinito, para que o dom da Essência se manifeste na existência, aberta a transcendência. Nesta perspectiva evolutiva, o humano é considerado um projeto inacabado, um germe de plenitude clamando por investimentos, para que floresça plenamente, através do processo da individuação. Pelo cultivo de uma ecologia do Ser, a paz poderá ser conquistada e irradiada para a ecologia social e ambiental.

O Colégio Internacional dos Terapeutas – Cit, fundado em 1992, por Jean-Yves
Leloup (9, 10), constitui um solo fecundo para o desenvolvimento desta quinta força em terapia, que constela as virtudes conjugadas do rigor e da abertura, aliando o plano pessoal ao transpessoal, a existência com a essência, as raízes com as asas, a profundidade com a altitude. Foi pesquisando a origem da palavra terapeuta, que Leloup deparou-se com uma tradição hebraica, elogiada pelo grande hermeneuta, Philon de Alexandria (11), denominada de Terapeutas. Há dois milênios, quando da passagem do judaísmo para o cristianismo, é inspirador constatar e resgatar o legado holístico destes sacerdotes do deserto, que exerciam também a função do filósofo, do psicólogo, do médico e do educador, praticando uma protoabordagem transdisciplinar, uma ética de respeito à inteireza do composto humano e uma práxis centrada no cuidar da totalidade do Ser. Alexandria, cujo nome evoca o grande conquistador que forneceu um impulso
primordial ao que conhecemos, atualmente, como processo de globalização ou
mundialização, foi um espaço privilegiado de encontro das culturas, ciências e tradições do

Ocidente e do Oriente. Não estaremos vivendo, neste momento intensificado de
transformação, o que podemos metaforizar como uma Nova Alexandria? Onde podemos entrar em contato instantâneo, através desta torre de Babel virtual que é a Internet, com todas as linguagens, bibliotecas e formas de saber e de fazer? É no marco significativo desta transição de milênio e de emergência de um novo paradigma, que está se articulando o que Leloup (12) denomina de estilo alexandrino em terapia. No estilo alexandrino, a tarefa básica do terapeuta é a de cuidar, para que a Grande Vida possa curar. Cuidar, sobretudo, da saúde e da plenitude, já que é a partir do que está bem e fluindo em nós que uma dinâmica curativa e evolutiva é impulsionada, de forma expansiva e integrativa.

Para cuidar, precisamos escutar. A escuta é o mais essencial medicamento. É uma grande arte, pois só realmente escuta quem é capaz de silêncio interior. De outra forma, os diálogos internos serão projetados, contaminando e adulterando o que se supõe escutar. A escuta não projetiva é um bem precioso e raro, dos que cultivam a mente meditativa e contemplativa, nas trilhas do despertar para o Instante, a pátria da Presença. Escutar é ouvir e, também, interpretar. Aqui nos deparamos com a ciência e arte da hermenêutica, que possibilita o desvelar de um sentido, muito além de meras explicações.

O exercício de uma interpretação aberta e vasta ultrapassa o campo analítico, rumo ao universo sintético, dos significados íntimos, das sincronicidades, dos mergulhos nos abismos anímicos e noéticos. Sem negligenciar a sabedoria dos velhos rabinos, afirmando que cada frase bíblica é suscetível de setenta e duas interpretações! Assim, nos prevenindo contra os malefícios de um certo analfabetismo simbólico, quando o conotativo se degenera em denotativo, com as armadilhas nefastas e mutiladoras dos fanatismos e fundamentalismos decorrentes. Enfim, dos catecismos redutores e estupidificantes, sejam eles religiosos, ideológicos, psicológicos, psiquiátricos, pedagógicos... Eis uma virtude preventiva com relação ao absurdo da maioria das guerras contemporâneas!

Para cuidar, necessitamos também de uma ética da bênção. Abençoar é bem dizer; expressar uma boa palavra, jamais reduzindo o outro a um rótulo, a um mero objeto de análise. A pessoa não é doente; ela está doente. A doença é um momento de uma passagem, de um processo, de um devir. Ser Terapeuta é restituir o outro na condição de Sujeito da sua existência, de suas dores e louvores. Já que a informação tem uma função estruturante, o diagnóstico, aplicado de forma tecnicista e descuidada, pode ser um ato normótico, fonte de iatrogenia. É uma violência que pode modelar a própria doença proclamada, antes incipiente ou inexistente.

Abençoar é, também, bem olhar. Olhar para o outro na sua dignidade e integridade essencial, na sua nobreza de filho unigênito da Vida, dotado da originalidade de um semblante. Também o olhar é estruturante, para quem olha e para quem é olhado. Quando olhamos apenas para o pequeno e o disfuncional no outro, será isto que estaremos estruturando, nele e em nós mesmos. Já que nos tornamos naquilo para o qual olhamos. Enfim, encontramos o que buscamos. O estilo alexandrino, sem deixar de acolher e de cuidar dos sintomas, privilegia e busca no outro o que ele tem de maior: o dom do Ser e a luz interior, muitas vezes esquecida e, mesmo, reprimida. A porta na qual se bate é a que abrirá, no tempo justo...

Como indica o mitologema de Caim e Abel, uma pessoa que se sente abençoada é pacífica e caminha docemente sobre a terra. Já o outro, que não se sente aceito nem abençoado, que calcula e inveja, é uma fonte de violência e de sofrimento. Caim é o arquétipo do ser que se sente renegado e excluído, no interior de nós mesmos.

Apenas uma terapia da bênção pode facilitar que ele se converta, retornando ao eixo de seu centro, o Paraíso Perdido do Amor. O que é verdade, também, com relação a todos os tiranos que contaminam a humanidade com o vírus do ódio, da iniqüidade e da ignorância existencial.

Assim como a paz não é ausência de combate, saúde não é ausência de sintoma.
Como bem define a Organização Mundial de Saúde, é a presença de um estado de bem estar psicossomático, social, ambiental e espiritual. Transcendemos, assim, a noção estreita e normótica de que saúde é uma área de dedicação apenas para médicos, psiquiatras, psicólogos, fisioterapeutas, enfermeiros... No Cit, consideramos três categorias de terapeutas, cujas ações são convergentes e complementares: a clínica, a social e a ambiental. Além da terapia dos indivíduos, carecemos de uma terapia de cunho social, que seja exercitada nas organizações, escolas, igrejas e demais instituições, públicas e privadas.

Igualmente, urge cuidar da Natureza flagelada, pela insanidade compulsiva do consumismo e de um desenvolvimento não-sustentável. Como convoca a própria OMS, todos precisamos nos tornar agentes de saúde, pois o planeta inteiro está enfermo! O perverso sintoma da violência apenas poderá ser tratado e superado através de um mutirão de empenho terapêutico, envolvendo todas as competências e ofícios, na tarefa de cuidar da paz.

Cuidar da paz, portanto, é investir em nosso potencial de inteireza, de integralidade, de conectividade e de comunhão. É conquistar um centro, que nos direcione para bem viver e conviver, para transparecer. Estar em paz é estar centrado. Sem um centro, estaremos deslocados em nossas próprias casas. Com um centro, em lugar algum seremos estrangeiros...

Cuidar da paz é saber sorrir, é sorrir saber. A misteriosa metafísica do sorriso
expressa uma bioenergética essencial. É uma transfiguração do semblante, que irradia raios do sol interior, do Self, perene beatitude e consciência pura, chama serena que a tudo ilumina e aquece. O sorriso vem do além, como um sonho premonitório, anúncio delicado de uma Eternidade a nos aguardar em alguma curva definitiva do caminho. É um Evangelho da Graça, desmascarando e anunciando o Amor que prevalece, subjacente a tudo e a todos, este Absoluto, morte da morte, que sempre dirá a derradeira palavra. Na medida e qualidade na qual sorrimos é que nos fazemos portadores e artesões da paz. Cuidar da paz é, enfim, ser capaz de dom, de doação, de serviço: viço do Ser.

Canta o poeta Tagore (13):
Amigo meu... Meu coração se angustia com o peso dos tesouros que não
entreguei a Ti. O que nos pesa é o que não entregamos, o que não ofertamos, o que não servimos. O que nos tira a paz é o que retemos, o que estagnamos em nós, o peso de nossos apegos. Nosso corpo de leveza e de plenitude é construído a partir de tudo o que somos capazes de doar, de forma gratuita e incondicional. É na alegria desta conquista, que afirmaremos, a moda de oração, no mais ensolarado e abençoado dia de nossas existências, estas palavras de triunfo da Vida: Confesso que servi.

Não basta existir, há que viver. Não basta viver, há que ser. Não basta ser, há que
transparecer. Não basta transparecer, há que servir. E só então, partir. Saciado de dias e de noites, de luzes e de sombras, de amores, tremores e louvores. Em paz, como um avô sorridente, descascando uma laranja para o seu netinho. Confiante, como uma criança inocente se jogando nos braços de sua mãe. É longa e paradoxal a caminhada de retorno à Morada da Essência, de onde jamais partimos...

*Este texto é um capítulo do livro, A Paz como Caminho, do Festival Mundial da
Paz – Manifeste sua Paz (Florianópolis, de 1 a 6 de setembro/06), organizado pela Dulce Magalhães (Qualitymark editora)




Referências bibliográficas
1. WEIL, Pierre. A Arte de viver em paz. São Paulo: Ed. Gente, 1993.
2. JUNG, C.G. A prática da psicoterapia. Petrópolis: Vozes, 1981.
3. LINDBERGH, A.M. Presente do Mar. Belo Horizonte: Crescer, 1997.
4. MASLOW, A. Introdução à Psicologia do Ser. Rio de Janeiro: Eldorado, s.d.
5. CREMA, R. Antigos e Novos Terapeutas. Petrópolis: Vozes, 2002.
6. CHOURAQUI, A. A Bíblia, No Deserto (Números). Rio de Janeiro: Imago,
1997.
7. WEIL, P; LELOUP, J-Y; CREMA, R. Normose, a patologia da normalidade.
Campinas: Verus, 2003.
8. GRAF-DURCKHEIM, K. L’Homme et sa doublé origine. Paris: Albin Michel,
1996.
9. LELOUP, J-Y. Cuidar do Ser. Petrópolis: Vozes, 1996.
10. LELOUP, J-Y. Caminhos da Realização. Petrópolis: Vozes, 1996.
11. FÍLON de Alexandria. Obras completas. Tradução de José Maria Triviño.
Buenos Aires: Acervo Cultural, 1975.
12. LELOUP, J-Y. Carência e Plenitude. Petrópolis: Vozes, 2001.
13. TAGORE, R. Poesia Mística. São Paulo: Paulus, 2003.